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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Sequência didática para trabalho com o livro: "Nascer sabendo" (Ronaldo Simões Coelho)

Sequência didática para trabalho com o livro: Nascer sabendo.

1- Objetivos:

- Ler para compreender o sentido do texto;
- Conhecer a estrutura e especificidades de diferentes gêneros;
- Refletir, analisar, criar hipóteses e concluir sobre o uso das regularidades e irregularidades gramaticais e ortográficas presentes em um texto;
- Observar o uso da pontuação e usa-la para manter o sentido original do texto;
- Fazer uso do discurso direto utilizando a pontuação necessária a essa situação;
- Observar, analisar e produzir textos com base em bons modelos de forma coesa e coerente, seguindo as especificidades do gênero que esta sendo trabalhado.

2- Resenha do livro:

O livro trata do tema aprendizagem. A personagem da história, uma garotinha esperta como outra de sua idade, se sentia uma boboca porque não sabia fazer um monte de coisas que os outros já sabiam: andar de bicicleta, ler, contar... Então, percebeu que, conforme o tempo foi passando, suas dificuldade e inabilidades se tornaram superáveis, pois faziam parte de seu processo de crescimento. Ela compreendeu que ninguém nasce sabendo.

3- Conhecendo um pouco mais sobre o autor Ronaldo Simões Coelho:

Ronaldo Simões Coelho nasceu em São João del-Rei, aos 16 de abril de 1932. É um psiquiatra e escritor brasileiro. Formou-se em medicina pela UFMG em 1959 e se especializou em psiquiatria, estando ainda em pleno exercício da profissão.
É também escritor de literatura infantil, atualmente com cerca de 50 livros publicados. Alguns de seus livros foram recomendados pela Biblioteca Internacional da Juventude de Munique e publicados em países de língua espanhola.

4- Conhecendo um pouco mais sobre a ilustradora Glair Arruda:

Glair Arruda nasceu em São Paulo, em 1962, e morou alguns anos no litoral, em Ilhabela. Quando voltou para São Paulo, aos cinco anos, foi pela primeira vez à escola. Segundo ela essa experiência foi incrível, pois o mundo cresceu com a leitura e os desenhos, e os livros ficaram ligados ao seu coração para sempre.
Trabalhou muitos anos em editoras, na produção de livros didáticos e de literatura. Mas foi a pouco tempo que decidiu fazer o que sempre gostou: desenhar!


5- Seqüência de atividades:

• Atividade de acolhimento: Dinâmica do espelho (passar o espelho na caixa fechada e quando a música parar abrir, dizer algo que gosta de fazer e um elogio para si mesmo).
• Livro para-didático “Nascer Sabendo” de Ronaldo Simões Coelho.
Roda de leitura: Antecipações justificadas, feitas a partir de uma primeira visualização das figuras que compõem o livro.
Leitura compartilhada: Nascer sabendo – evidenciando a entonação e os sentimentos expressados pelos personagens.


• Atividade introdutória: oral
1- O que significa nascer sabendo? Alguém já nasce sabendo?
2- Qual a relação entre o título e a ilustração?
3- Será que é defeito não saber fazer algo? O que ela está pensando?
4- Quem é o autor e a editora que publicou o livro?

• Atividade compreensiva: oral
1- O que ela aprendeu a fazer sozinha, e/ou você acha que ela conseguiu se vestir sozinha? Por quê?
2- Quem você acha que está batendo corda.
3- O que podemos notar na expressão da menina? Por que você acha que ela está alegre.
4- Há algo de estranho nesta cena, o que será?
5- Observando o final o que ela aprendeu?
6- Qual a intenção do autor?

• Atividades diversas de oralidade e escrita.
1- Chamar a atenção das crianças, pois a menina não tem nome. Qual a importância do nome para uma pessoa. Colocar um nome, cada um escolhe o seu preferido. Como se escreve com letra maiúscula ou minúscula por que.
2- Fazer o reconto do livro.
3- Reescrever na lousa (observar parágrafos, letras maiúsculas, se tem sentido e seqüência lógica).
4- Reescrita no caderno.
5- Revisão dos textos.
6- Texto lacunado : incluir os vocábulos conforme a interpretação e a seqüência lógica(coerência) do texto.
7- Caça-palavras (encontro consonantal e vocálico).
8- Texto fatiado: sequenciar respeitando a pontuação e a organização paragrafal dada e grantindo a coerência dos fatos.
9- Regras para uma boa produção de texto.
10-Produção de texto: escrever um texto no mesmo modelo como se já nascesse sabendo tudo (duplas).
11-Leitura dos textos escritos – focando a exposição oral de maneira clara e segura.
Jogo Escrevendo Certo.
12-Jogo dos sete erros - localizar, reconhecer e construir o conceito sobre acentuação e ortografia
13-Caça-palavras de dígrafos (palavras do texto) – localizar, reconhecer e construir o conceito sobre dígrafos;
14- Pontuar um trecho da história;
15- Para que serve a pontuação nos textos – localizar, reconhecer e construir o conceito como e para que usar a pontuação;
16-O que aprendemos com as atividades? (registro do aluno).
17-Socialização.

6 - Atividade de reconto:

Leia o texto abaixo com calma e boa entonação. Após a leitura os alunos farão oralmente o reconto dele e em seguida passarão para a escrita.


Nascer sabendo

Pois não é fácil pular corda?
Eu ficava olhando as outras crianças e pensava que tinham nascido sabendo tudo: nadar, pular corda, escrever, ler, dançar.
Acho que sou uma boboca, nariz de pipoca!
Quando eu nasci, não sabia andar, não é? Só que era pequenininha e não ligava.
Depois é que fiquei assim. Se não sabia uma coisa, pensava que era defeito meu.
Um dia, eu estava pelejando para abotoar a blusa e consegui.
Mamãe perguntou quem tinha me ajudado.
Quando eu falei “ vesti sozinha”, ela fez uma cara ótima.
Papai fez uma cara igual, quando lhe pedi que batesse corda para mim.
Ele batia e eu entrava e saía e girava e pulava num pé só e dizia “ agora é de abacaxi”, “ é de rei-rainha”, é passa zero”.
Papai me olhava. Ficou espantado ao ver que meu irmão, menor do que eu, já fazia as mesmas coisas.
Cá pra nós, eu também estava surpresa. Havia poucos dias que não sabia pular corda e, de tanto errar, estava acertando tudo, até mais de trinta vezes.
È bom a gente não nascer sabendo tudo. Como é gostoso aprender! Andar de bicicleta, nadar, tudo!
Outro dia, aconteceu uma coisa engraçada. Há uma porção de livros aqui em casa. De uns eu gosto mais, de outros menos.
Dos que eu gosto, estou sempre pedindo pro papai e pra mamãe lerem para mim. Pois nesse dia eu é que li para eles.
Vocês precisam ver a cara deles! Eu cheguei a bater palmas.
Sabem o que estou pensando? Mamãe é boboca e o papai, nariz de pipoca.

(Ronaldo Simões Coelho, ed. FTD)

Sugestão: Há um vídeo na internet que traz o reconto do livro e é bem interessante

7 - As palavras e a coesão de idéias para a coerência textual:

Texto Lacunado (trecho):
Complete com as palavras do banco de modo a garantir a coerência de idéias:

Nascer sabendo

Pois não é fácil ________ corda?
Eu ficava olhando ______ outras crianças e pensava ________ tinham nascido sabendo tudo: ______, pular corda, escrever, ler, _______.
Acho que sou uma _________, nariz de pipoca!
Quando ________ nasci, não sabia andar, ______ é? Só que era pequenininha ________ não ligava.
Depois é que fiquei ______. Se não sabia uma ______, pensava que era defeito ________.
Um dia, eu estava ________ para abotoar a blusa e _________ .(...)
(Ronaldo Simões Coelho, ed. FTD)

pular- não - as – consegui- que - nadar- pelejando– boboca - eu - e - assim - coisa - meu - dançar .

8- Ortografia:

Jogo dos 12 erros

Encontre os doze erros do trecho abaixo e reescreva em seu caderno:

Nascer sabendo

(...) Depois é que fiquei asim. Se não sabia uma coiza, pensava que era defeito meu.
Um dia, eu estava pelejando para abotoar a brusa e consegi.
Mamãe perguntou quem tinha me ajudado.
Qando eu falei “vesti sozina”, ela fez uma cara otima.
Papai fez uma cara igal, quando lhe pedi que batece corda para mim.
Ele batia e eu entrava e saía e girava e pulava num pe só e dizia “agora é de abacaxi”, “ é de rei-rainha”, é passa zero”.
Papai me olhava. Ficou espantado ao ver que meu irmao, menor do que eu, ja fazia as mesmas coisas. (...)

(Ronaldo Simões Coelho, ed. FTD)

9 - A pontuação e a inferência de sentido:


Pontue o trecho abaixo e depois explique o porque da escolha dos pontos:

Nascer sabendo

Pois não é fácil pular corda__
Eu ficava olhando as outras crianças e pensava que tinham nascido sabendo tudo: nadar_ pular corda_ escrever_ ler_ dançar_
Acho que sou uma boboca, nariz de pipoca_
Quando eu nasci, não sabia andar, não é? Só que era pequenininha e não ligava_
Depois é que fiquei assim_ Se não sabia uma coisa_ pensava que era defeito meu. (...)

(Ronaldo Simões Coelho, ed. FTD)

10 - Texto Fatiado:Desenvolver as noções de coerência, coesão e estruturação do gênero.

Nascer sabendo

Pois não é fácil pular corda?
Eu ficava olhando as outras crianças e pensava que tinham nascido sabendo tudo: nadar, pular corda, escrever, ler, dançar.
______________________________________________
Acho que sou uma boboca, nariz de pipoca!
Quando eu nasci, não sabia andar, não é? Só que era pequenininha e não ligava.
______________________________________________
Depois é que fiquei assim. Se não sabia uma coisa, pensava que era defeito meu.
Um dia, eu estava pelejando para abotoar a blusa e consegui.
______________________________________________
Mamãe perguntou quem tinha me ajudado.
Quando eu falei “vesti sozinha”, ela fez uma cara ótima.
Papai fez uma cara igual, quando lhe pedi que batesse corda para mim.
______________________________________________
Ele batia e eu entrava e saía e girava e pulava num pé só e dizia “agora é de abacaxi”,” é de rei-rainha”, é passa zero”.
Papai me olhava. Ficou espantado ao ver que meu irmão, menor do que eu, já fazia as mesmas coisas.
______________________________________________
Cá pra nós, eu também estava surpresa. Havia poucos dias que não sabia pular corda e, de tanto errar, estava acertando tudo, até mais de trinta vezes.
______________________________________________
É bom a gente não nascer sabendo tudo. Como é gostoso aprender! Andar de bicicleta, nadar, tudo!
Outro dia, aconteceu uma coisa engraçada. Há uma porção de livros aqui em casa. De uns eu gosto mais, de outros menos.
______________________________________________
Dos que eu gosto, estou sempre pedindo pro papai e pra mamãe lerem para mim. Pois nesse dia eu é que li para eles.
Vocês precisam ver a cara deles! Eu cheguei a bater palmas.
______________________________________________
Sabem o que estou pensando? Mamãe é boboca e o papai, nariz de pipoca.

(Ronaldo Simões Coelho, ed. FTD)

11 - Analisando e refletindo: dígrafos.

Caça-Palavas

Encontre as palavras escondidas, dicas:
• Possuem dígrafos, estão no texto “Nascer Sabendo” e são 9 palavras:
A C H R T S O Z S D A R R
Q E R T U L L H O L A I A
W D A S O Ç H G D A F R I
W R B U H L A Y A L R F N
D A C R C G N U D M G A H
F G F I A U D H O O H D A
R B G R U E O O V F N R A
P E Q U E N I N I N H A E
A V Q T I N H A M A N B S
B N E H D R R S E D J C O
N M R O A A T O A A K V T
E O T J L R R L C D U D N
S P Y T O D S D H I I A J
Q U A N D O E E O N K H U
D Q U L S G F D L H G N Y
H R N C H E G U E I T I J
N S M C A C S K U O F Z I
G E R R A R G O D S E O K
B T E V B N M I H U O S P

Agora escreva abaixo as palavras que encontrou, localize os dígrafos e, com as suas palavras e o auxilio do dicionário, explique o que são os dígrafos:
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Escolha três palavras e produza um verso. Não esqueça das rimas:
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5.1.5.6- Analisando e refletindo: encontros vocálicos e consonantais.

Caça-Palavas

Encontre as palavras escondidas, dicas:

• Possuem encontros vocálicos e consonantais, estão no texto “Nascer Sabendo” e são 14 palavras.

C L I A E S C R E V E R A
R P A P A F R O I R T Y U
I S L A V N I T C R K I J
A R A L A S I R M F A B K
N R E I D Ã C I R B A L Ç
Ç B A C N O R N A E N U O
A R G H E X Y T V H Ç S R
S A O U T R A A C A A A S
Q N C A P A I X A T V J F
U D O D A K P N G E D P S
E I U A R M Ã M R L T A D
I A N D C É Ç F T C T P T
S U R P R E S A N I R A S
J O M A M Ã E J E C A I O
L I V R R O S T N I T A L
E N G R A Ç A D A B A D A
A S S L I V R O S S U J H

Agora escreva abaixo as palavras que encontrou, localize os encontros consonantais e vocálicos e; com as suas palavras, com a ajuda dos colegas e o auxilio do dicionário, explique o que são esses encontros:
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
No livro há outros exemplos de encontros vocálicos e consonantais? Quais?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

12 - Considerações gerais:

Tempo esperado:
• Dois meses (40 aulas).

Análise das atividades segundos os princípios didáticos:
• Por em jogo tudo o que sabe e pensam;
• Tem problemas a resolver e decisões a tomar;
• Garante a circulação de informações;
• Características do objeto sociocultural real.

Observações:
Para esta seqüência é importante:
• Socializa as atividades, faz agrupamentos produtivos e propicia intervenções durante a realização do trabalho.
• Trabalha de forma igualitária a oralidade a escrita e propicia a análise e reflexão, através do constante questionamento sobre a gramática, ortografia, linguagem adequada...

Sequência didática para trabalho com o livro: “Cuidado com o menino!”

Sequência didática para trabalho com o livro: “Cuidado com o menino!”

4.1.1- Objetivos:

- Ler para compreender o sentido do texto;
- Conhecer a estrutura e especificidades do gênero narrativo e do instrucional;
- Refletir, analisar, criar hipóteses e concluir sobre o uso das regularidades e irregularidades gramaticais e ortográficas presentes no texto;
- Observar o uso da pontuação e usá-la para manter o sentido original do texto;
- Fazer uso do discurso direto utilizando a pontuação necessária a essa situação;
- Observar, analisar e produzir textos com base em bons modelos de forma coesa e coerente, seguindo as especificidades dos gêneros que estão sendo trabalhado.

4.1.2- Resenha do livro:

É a história de um menino que resolveu pegar um atalho pela floresta e foi capturado por um lobo.
Acho que já ouvi isso em algum lugar? Você não ouviu? Pois é, trata-se de uma versão atual e muito irreverente do antigo e clássico conto “A Chapeuzinho Vermelho”. Mas, ao invés de se desesperar frente à dificuldade, o menino ficou tranqüilo e resolveu sair da situação de uma forma muito inteligente e sem a ajuda de ninguém. Com toda sua criatividade ele acabou com os planos do lobo mal que nessa história aparece com bobo.

4.1.3- Conhecendo um pouco mais sobre o ilustrador e escritor Tonny Blundell:

Tony Blundell nasceu em Londres em 1951. Ele estudou em Harrow School of Art, e no Exeter College of Art, em Londres. Fez muitos trabalhados como ilustrador para uma variedade de revistas, incluindo Woman, Woman's World, Girl About Town, Ms. Londres, e Madre Executive. Seus desenhos pessoais foram publicados no âmbito da aplicação surrealista, desse foi concebido um conjunto de oito cartões postais coloridos para a Galeria de cinco, dois pequenos livretos de desenhos surrealista .
Ele agora também ilustra, escreve livros e gosta de fotografar

4.1.4- Conhecendo um pouco mais sobre a tradutora Ana Maria Machado:
A carioca Ana Maria Machado nasceu em 1942 no morro de Santa Teresa e cresceu nas areias de Ipanema. Antes de se entregar ao mundo das letras, iniciou a faculdade de Geografia e dedicou-se à pintura num curso que fez no Museu de Arte Moderna no Rio.
As férias de infância junto com os primos e a casa repleta de livros foram marcos importantes na sua formação enquanto escritora. Como ela mesma já declarou várias vezes, vive inventando histórias, algumas ganham vida em papel e muitas delas transformaram-se em livros (mais de 100). Como uma das principais figuras da revista Recreio, no começo dos anos 70, teve participação efetiva na mudança do tratamento dado aos textos infantis, numa continuidade à proposta lobatiana.
Ana Maria Machado foi professora, jornalista, dona da livraria Malasartes, já fez programa de rádio e hoje vive da e para a literatura. A produção de textos que o público infantil também pode ler foi a origem da fama dessa escritora. A versatilidade da atual ocupante da cadeira de número 1 da Academia Brasileira de Letras revela-se em seus romances e textos teóricos. No ano de 2000, Ana Maria Machado recebeu, pelo conjunto de sua obra, o prêmio internacional Hans Christian Andersen, considerado Nobel da literatura para crianças e jovens. Os prêmios multiplicam-se e retratam a qualidade literária não restrita à obra dita infantil de Ana Maria Machado.
Tal qual Raul, um de seus personagens mais famosos, Ana não conseguiu manter-se omissa diante das imposições da ditadura militar e foi presa em 1969. Diante da pressão política, exilou-se voluntariamente e trabalhou basicamente como jornalista. O protesto em relação ao poder imposto é uma constante em suas obras. Em seu livro “Contracorrente”: conversas sobre leitura e política (1999), onde assume esse posicionamento contestatório:

“Sou mesmo contra a corrente. Contra toda e qualquer corrente, aliás. Contra os elos de ferro que formam cadeias e servem para impedir o movimento livre. E contra a correnteza que na água tenta nos levar para onde não queremos ir. No fundo, tenho lutado contra correntes a vida toda. E remado contra a corrente, na maioria das vezes. Quando as maiorias começam a virar uma avassaladora uniformidade de pensamento, tenho um especial prazer em imaginar como aquilo poderia ser diferente...”

O primeiro livro infantil publicado foi “Bento que bento é o frade”, que recebeu um prêmio da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ. Nessa obra, o personagem principal, Nita, questiona o que a cerca, principalmente o considerado "natural". Como uma projeção de si mesma, a menina Nita, ou Anita, viaja ao país dos Prequetés e traz de lá não só questionamentos, mas também a esperança de mudanças.

4.1.5- Atividades coletivas:

- Antecipações justificadas, feitas a partir de uma primeira visualização das figuras que compõem o livro.
- Leitura compartilhada: Cuidado com o menino! – evidenciando a entonação e os sentimentos expressados pelos personagens.

Capa:
- O que a capa sugere?

Título:
- O título e interessante? Por quê?
- Por que será que o ponto de exclamação e usado no fim do título?
- Você pensaria num titulo assim para suas produções? Por quê?

Editora:
- Qual é a editora do livro?
- Você já leu outros livros editados por ela? Lembra-se de alguma? Eles costumam ser interessantes?

Autor:
-Como se chama o autor do livro? Você já tinha ouvido falar dele?

Durante a leitura:
-Realizar a leitura do livro na íntegra, para que os alunos verifiquem as hipóteses levantadas.

Após a leitura:
- Discutir com os alunos as idéias levantadas, comparando-as com as idéias explícitas ou implícitas do autor (explícita e ou implícita).
- O que o lobo queria com o menino?
- O que o menino fez com o lobo?
- Qual a relação que podemos fazer da última cena com a história lida?
- O que o autor quis dizer “Nunca se esqueça do sal!”?
- Qual a estratégia que o menino utilizou para que o lobo não o comesse?

4.1.6- Especificidades do gênero:

Narrativa:
a) Quem conta a história é um narrador? Ele participa ou não dela?
Narrador (3ª. Pessoa) – especificidade do gênero.

b) Os fatos acontecem em quais locais?
Lugar onde se passa a história – especificidade do gênero.

c) Com quem a história se passa?
Personagens – especificidade do gênero.

d) Através da leitura podemos inferir algumas características aos personagens principais. Quais poderiam ser as características do menino? E do lobo?
Caracterização – uso de adjetivos (a gramática aplicada ao texto)

e) Qual é o problema enfrentado pelo lobo?
Conflito – especificidade do gênero.

f) Esse problema é solucionado? Como tudo termina?
Clímax e desfecho – especificidade do gênero.

g) Para você, quem é o protagonista e quem é o antagonista da história? Por quê?
Opinar baseando-se em argumentos – criação da criticidade individual (exposição das respostas à classe para ver se todos tiveram o mesmo ponto de vista ou se houve divergências para serem debatidas.)

h) Podemos dizer que o texto teve começo, meio e fim? Por quê?
Estrutura pertinente ao gênero narrativo – especificidade do gênero.

g) Que mensagem o autor nos quer passar?
Opinar – expor seus valores e sua capacidade interpretativa.


Instrucional (receita):

a) Em quantas partes podemos dividir a receita?

b) Qual é a função de cada uma dessas partes?

c) Elas são importantes? Por quê?


Ingredientes e modo de preparo – especificidade do gênero.

4.1.7- Os verbos e sua relação com o gênero:

1) Complete o modo de preparo da receita “Sopa de menino”, com os verbos entre parêntese:

“Primeiro, __________ (pegar) o menino.
___________-o (lavar) bem, principalmente atrás das orelhas.
___________-o (colocar) firmemente dentro do caldeirão de ferro.
___________ (acrescentar) água, batatas, cebolas, rabanetes, cenouras e mais as balas de fruta para temperar.
__________-se (sentar) no barril de tijolos e mexa bem, até quinta-feira, usando a colher de pedreiro.”

2) Analisando os verbos e sua função no gênero:

a) O que sugerem os verbos que você usou no modo de preparo?
( ) dão uma ordem, fazem um pedido.
( ) mostram possibilidades, incertezas.
b) Você acredita que eles estejam em que tempo verbal? Por quê?


4.1.8- Produção de texto instrucional:

1) Escrever uma receita maluca, em grupo, nos moldes das trazidas pelo livro.

2) Correção com legenda e atendimento individual para sanar dúvidas.

3) Ilustração das receitas malucas.


4) Socializar as produções dos grupos em cartazes no mural da escola.

4.1.9- A coerência textual:

4.1.9.1- A coerência de idéias:

1) As receitas do menino são coerentes? É possível fazê-las?
2) Por que lobo não percebeu essa incoerência?
3) Explique a incoerência da receita “Pastelão de menino”.

4.1.9.2- O uso dos pronomes:

1) Observe com atenção as palavras em destaque:

“Primeiro, pegue o menino.
Lave-o bem, principalmente atrás das orelhas.
Coloque-o firmemente dentro do caldeirão de ferro.
Acrescente água, batatas, cebolas, rabanetes, cenouras e mais as balas de fruta para temperar.
Sente-se no barril de tijolos e mexa bem, até quinta-feira, usando a colher de pedreiro.”
- A quem se refere o pronome -o e o pronome -se usados nos trechos? Por que eles foram usados? Se no lugar deles eu repetisse a palavra que os referentes substituem, o texto ficaria bom? Por quê?

- Por que o pronome sua foi usado na frase: “E levou o menino para sua caverna.”? Se ele fosse retirado a frase teria o mesmo sentido? Por quê?

4.1.10 – Ortografia: refletindo sobre o uso (M e N):

Complete os trechos a seguir com M ou N:

“Nos co___tos de fadas comu___s, qua___do u___ menino vai a___da___do pela floresta e e___co___tra u___ lobo mau, pode ter certeza que vai estar e___ apuros.”

“Era uma vez – não faz ta___to te___po assi___ e nu____ lugar não muito lo___ge – u___ menino que e___trou por u___ atalho que atravessava uma floresta...”

“Lá havia um fami__to lobo, que ao vê-lo ficou sorri___do e la___beu os beiços.”

“O lobo estava co___ fome, era ta___bé___ guloso; mal co___seguia se co___ter e, ai___da, vivia baba___do.”

Observando as palavras que você completou crie regras para saber quando se usa M ou N.
4.1.11- Produção de texto narrativo:

1) Imagine que você é o autor do livro e a editora pediu, para publicar o livro, que você crie outra possibilidade de desfecho para a história. Vamos exercitar a criatividade e criar um fim tão interessante e inesperado quanto o original.

2) Vamos colocar a bruxa da Branca de Neve em apuros. Crie um texto onde uma moça branca como a neve dê uma lição na bruxa malvada. Ah! Não esqueça que o texto segue a mesma estrutura do original, pois será um conto moderno.

3) Avaliando a produção da narrativa:

Qual é o título? Ele é criativo e desperta curiosidade?
Onde a história se passa?
Quem são os personagens?
Qual é o conflito (problema)?
O conflito é solucionado? Como?
Como tudo acaba?
Você usou parágrafos?
Houve diálogos? Você usou a pontuação necessária (dois pontos e travessão)?
Usou pontos para garantir o entendimento e a significação adequada a sua idéia?
Grafou corretamente e com atenção as palavras que causaram dúvida? Usou o dicionário para auxiliá-lo?

4) Reescrita coletiva de texto com problemas de coerência e coesão.

5) Correção individual dos demais textos para exposição em mural e leitura em sala.

Sequencia Didática "Cocô de Passarinho" (Eva Furnari)

Língua Portuguesa 5° ano

3.1- Sequência didática para trabalho com o livro: Cocô de passarinho!

3.1.1- Objetivos:

- Ler para compreender o sentido do texto;
- Conhecer a estrutura e especificidades do gênero narrativo;
- Refletir, analisar, criar hipóteses e concluir sobre o uso das regularidades e irregularidades gramaticais e ortográficas presentes no texto;
- Observar o uso da pontuação e usa-la para manter o sentido original do texto;
- Fazer uso do discurso direto utilizando a pontuação necessária a essa situação;
- Observar, analisar e produzir textos com base em bons modelos de forma coesa e coerente, seguindo as especificidades do gênero que esta sendo trabalhado.

3.1.2- Resenha do livro:

Essa é a história de dois problemas e uma solução, vividos pelos seis únicos habitantes de uma cidade minúscula. Primeiro: toda tarde eles se reuniam para conversar na pracinha e toda tarde os passarinhos faziam cocô na cabeça deles. Segundo: eles nunca tinham assunto para conversar. Mas um dia passa um vendedor ambulante passa pela cidade e as coisas finalmente começam a mudar.

3.1.3- Conhecendo um pouco mais sobre a autora e ilustradora Eva Funari:


Ilustradora e escritora de livros infantis, Eva Funari nasceu em Roma, na Itália, no ano de 1948, mas veio para o Brasil com menos de três anos de idade. Formou-se em arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, no ano de 1976.

“Na minha família são todos engenheiros, físicos e químicos, então eu vacilei um pouco em assumir a minha carreira artística. A arquitetura me oferecia um meio termo: não era nem a arte pura nem a ciência exata.”

Foi na universidade que começou a desenhar histórias, uma brincadeira entre amigos, com a criação de personagens para os adultos. Tornou-se professora de desenho, pintura, escultura e gravura no atelier de Artes Plásticas Lasar Segall e ilustradora em diversos jornais e revistas. Quando teve seu primeiro filho, Eva Furnari foi atraída pela literatura infantil e começou a fazer ‘ilustração narrativa’ destinada a crianças bem pequenas.

“A primeira história, na verdade, foi uma coleção bem simples para crianças não alfabetizadas. Dessa coleção de quatro livros tinham dois com pequenas histórias e dois para crianças ainda mais novinhas que falavam de coisas bem cotidianas e de coisas que acontecem só de vez em quando”.

Em 1980, desenhando para o jornal Folha de São Paulo, criou a ‘Bruxinha’, personagem mais popular de suas criações. Segundo Eva, a Bruxinha começou apenas como uma tirinha para jornal, foi evoluindo, aprimorando-se durante seis ou sete anos, e só então se tornou livro. Com a publicação ela desenvolveu a capacidade de escrever. Inspiração e muito trabalho tornaram-se seu dia-a-dia. Eva conta que sempre trabalha um texto a partir de uma imagem. Mas pratica muito para chegar ao resultado final.

“Eu fico recolhida de olhos fechados para abrir a portinha para o universo dos sonhos e as idéias vêm e as personagens ganham vida”.

Então ela escreve, reescreve, consulta pessoas, dicionários, volta a mexer, até chegar à conclusão de que o trabalho está bom. O resultado de tanta dedicação são cinqüenta livros infantis publicados, mais de 3 milhões de exemplares vendidos no Brasil, América Latina e Europa e importantes prêmios, como o Jabuti, APCA e Fundação Nacional do Livro.

“Eu gosto muito de escrever para as crianças porque elas são exigentes e sinceras”.

A possibilidade de incentivar o gosto pela leitura e despertar o jovem para importantes questões do dia-a-dia também são atrativos para Eva escrever e desenhar. Vale lembrar que alguns de seus livros - como ‘Lolo Barnabé’, ‘Pandolfo Bereba’, ‘Abaixo das Canelas’, ‘Cocô de Passarinho’, ‘A Bruxa Zelda e os 80 docinhos’ - já foram adaptados para o teatro, sendo que ‘Truks’ recebeu o prêmio Mambembe em 94.



Eva Funari em auto-retrato. Caracterizada com as roupas da ‘Bruxinha’, personagem com a qual ganhou fama.

3.1.4- Atividades coletivas:

- Antecipações justificadas, feitas a partir de uma primeira visualização das figuras que compõem o livro.
- Leitura compreensiva e interpretativa da primeira parte do livro.
- Produção textual – (propor que escrevam uma carta para os habitantes da cidade com sugestões para ajudá-los a solucionar o problema em questão) em dupla com base em modelo que contenham as especificidades de uma carta.
- Exposição oral dos textos produzidos para apreciação da sala e confronto de idéias: As sugestões foram as mesmas? Quais foram as mais interessantes?
- Continuação da leitura compreensiva e interpretativa.
- Conversa sobre a solução trazida pela autora: Ela foi criativa? Por quê? Vocês tinham pensado nessa solução quando escreveram cartas aos moradores da cidade?
- Reconto oral da história;
- Reescrita coletiva (na lousa ou em papel pardo) – a classe escolhe quem será o redator e o professor só interfere quando ou se houver necessidade.
- Texto fatiado (ordenar e ilustrar) – enfocando a coerência de ações e a cronologia do texto.
- Pesquisa sobre as espécies de passarinhos mais comuns ns cidades brasileiras (internet);
- Produção de ficha técnica – com principais informações sobre os pássaros pesquisados (ver modelo);
- Produção de texto informativo - com base em modelo (em duplas);
- Correção no retro projetor:
1) Um texto que não seguiu a estrutura e a linguagem formal necessária ao gênero;
2) Um texto onde houve muitos erros ortográficos (os mais freqüentes na sala);
3) Correção com legenda dos demais textos visualizando o fim social – exposição para os colegas de sala.
- Exposição escrita, cartazes com texto e ilustrações, dos textos produzidos para apreciação da sala;
- Bingo ortográfico com as dificuldades encontradas nas produções;
Socialização: O que foi importante no trabalho com o livro “Cocô de passarinho”?






3.1.5- Questionário interpretativo:

1) Como se chama o livro estudado?
2) Que outro título você daria a historia?
3) Descreva como era a cidade inicialmente.
4) Como viviam os moradores da cidade?
5) E os passarinhos?
6) Que tipo de problemas os moradores tinham que resolver (conflito)? Conseguiram? Como solucionaram (desfecho)?
7) O que aconteceu com a conversa dos moradores?
8) Que mudança ocorreu nas suas vidas?
9) E na vida dos passarinhos?
10) Qual mensagem a autora quer nos transmitir? Como você chegou a esta conclusão?
11) As ilustrações apresentadas pelo livro são interessantes? Por quê?
12) A história trazida pelo livro é interessante? Por quê?
13) Você conhece outros trabalhos da autora? Quais? Você os acha interessante?



3.1.6- Indo além do texto:

1) Explique o que a autora sugere ao dizer:
a) “Sentavam-se no mesmo lugar e diziam as mesmas coisas.”
b) “Um mês depois o assunto das conversas foi aumentanto.
2) A festa marca uma situação especial. Qual é a importância dela para o entendimento da história?



















3.1.7- Modelo da ficha técnica:

FICHA TÉCNICA


Passarinho escolhido__________________________________

Nome científico:__________________________________

Nome popular:___________________________________

Tamanho:_________________________________

Espécie:___________________________________

Local onde é encontrado:________________________________

Hábitat:___________________________________

Alimentação:_______________________________

Modo de viver:_____________________________________

Pode ser domesticado:_______________________________

Curiosidade:_______________________________

Motivo da busca:____________________________________


3.1.8- Modelo de texto informativo sobre animais:

A espécie arara-azul

Casal de araras-azuis
(Anodorhynchus hyacinthinus)
saindo de ninho natural em angico branco. Pantanal de Miranda, MS
© WWF-Brasil / Cezar Corrêa

Características
• Nome científico: Anodorhynchus hyacinthinus.
• Espécie ocorre em 11 estados brasileiros (AP, BA, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PI, SP, TO).
• Está na lista de espécies ameaçadas de extinção.
• Maior entre os psitacídeos (papagaios, periquitos, araras,maritacas)
• Chegando a medir um metro da ponta do bico à ponta da cauda .
• Peso de até 1,3 kg.

Comportamento
• Gostam de voar em pares ou em grupo.
• Os casais são fiéis e dividem as tarefas de cuidar dos filhotes.
• Nos fins de tarde, se reúnem em bandos em árvores “dormitório”.
Alimentação
• Se alimentam das castanhas retiradas de cocos de duas espécies de palmeira: acuri e bocaiúva.
• No caso do acuri, aproveitam aqueles caídos no chão, ruminados pelo gado ou por animais silvestres.
• O coco da bocaiúva é colhido e comido diretamente no cacho.
Reprodução
• Aos sete anos a arara-azul começa sua própria família.
• Em média, a fêmea tem dois filhotes.
• Ela passa a maior parte do tempo no ninho, cuidando da incubação dos ovos.
• O macho se responsabiliza por alimentá-la.
• Na época de incubação, 40% dos ovos são devorados por gralhas e tucanos, entre outras aves, ou por algumas espécies de mamíferos, como o quati.
• Passados aproximadamente 28 dias, o ovo eclode.


Filhote de Anodorhynchus hyacinthinus,
nascido em ninho artificial
monitorado pelo Projeto Arara Azul
© WWF-Brasil / Cezar Corrêa

Os filhotes
• Nascem frágeis e são alimentados pelos pais até os seis meses.
• Correm risco de morte até completarem 45 dias, pois não conseguem se defender de baratas, formigas ou outras aves que invadem o ninho.
•Somente com três meses de vida, quando o corpo está todo coberto por penas, se aventuram em seus primeiros vôos.
• É comum os filhotes competirem por comida e o que nasceu primeiro, por estar maior, ganha a disputa.
• Na maioria dos casos, só um filhote sobrevive.
(www.wwf.org.br/natureza_brasileira/meio_ambiente_brasil)

3.1.9- Texto fatiado:

Era uma vez uma cidade bem pequena. Tinha seis habitantes. Todo
...fim de tarde eles se reuniam para conversar na praça.
Sentavam-se sempre no mesmo lugar e diziam as mesmas coisas.
Os passarinhos da praça também estavam sempre nos mesmos lugares e piavam as mesmas coisas.
Os moradores da cidade tinham...
...um grande problema.
Todos os dias os passarinhos faziam cocô na cabeça deles e isso os deixava bastante aborrecidos.
Um dia se reuniram, na praça mesmo, para achar uma solução para o problema.
Depois de duas horas de discussão chegaram num acordo.
Usariam chapéus.
Passaram então a ficar elegantes, cada um com o seu. Por algum tempo a conversa mudou um pouco.
Até que um dia passou um vendedor ambulante pela cidade. Ele vendia flores e sementes. Ninguém comprou, mas quando...
... ele se distraiu os passarinhos comeram muitas sementinhas das cestas. E a conversa dos...
...passarinhos também mudou um pouco.
Na semana seguinte um dos moradores observou algumas mudanças nos chapéus. E a conversa foi aumentando, pois nasceram muitas e diferentes plantas nos chapéus.
Nas plantas sugiram ninhos e estes se encheram de ovinhos.
Depois de três meses nasceram os filhotes. E os moradores passaram a discutir quais seriam os nomes dados aos novos moradores.
Um ano depois, organizaram a festa de um ano do chapéu, sabe quem era o convidado de honra? O vendedor...

...de flores.
No dia seguinte da festa era só alegria. Os passarinhos faziam a maior algazarra e os moradores da cidade eram só generosidade e harmonia. Até já imaginavam a festa do ano seguinte.
E a conversa nunca mais foi a mesma.
Cocô de passarinho
Eva Furnari















3.1.10- Pontuando o texto:







Pontue o trecho retirado do livro, de forma a inferir a significação original e usando os sinais necessários à situação:

“Três meses depois____
____Nasceram os filhotes ____Vamos escolher os nome_____
____Que tal Pasqautela____Zebertelha e Pedregulha____
____Não tem graça____
Quatro meses depois____
____Eu gosto mais quando eles dançam rumba____
____Eu não____prefiro lambada____Faz mais a minha cabeça____”




















3.1.11- A gramática no texto (concordância e tempo verbal):
Complete as lacunas do texto com o verbo que esta entre parênteses. Não esqueça que o fato já ocorreu e os personagens principais da história são os moradores e os passarinhos:

Cocô de passarinho
Eva Furnari

Era uma vez uma cidade bem pequena. Tinha seis habitantes. Todo fim de tarde eles se _____________ (reunir) para conversar na praça.
__________-se (sentar) sempre no mesmo lugar e __________ (dizer) as mesmas coisas.
Os passarinhos da praça também __________ (estar) sempre nos mesmos lugares e __________(piar) as mesmas coisas.
Os moradores da cidade __________ (ter) um grande problema. Todos os dias os passarinhos __________ (fazer) cocô nas suas cabeça e isso os deixava bastante aborrecidos.
Um dia se _____________ (reunir), na praça mesmo, para achar uma solução para o problema. Depois de duas horas de discussão __________ (chegar) num acordo.
___________ (usar) chapéus. __________ (passar) então a ficar elegantes, cada um com o seu. Por algum tempo a conversa mudou um pouco.
Até que um dia passou um vendedor ambulante pela cidade. Ele vendia flores e sementes. Ninguém comprou, mas quando ele se distraiu os passarinhos __________ (comer) muitas sementinhas das cestas. E a conversa dos passarinhos também mudou um pouco.
Na semana seguinte um dos moradores observou algumas mudanças nos chapéus. E a conversa foi aumentando, pois __________ (nascer) muitas e diferentes plantas nos chapéus.
Nas plantas __________ (surgir) ninhos e estes se __________ (encher) de ovinhos.
Depois de três meses __________ (nascer) os filhotes. E os moradores __________ (passar) a discutir quais seriam os nomes dados aos novos moradores.
Um ano depois, __________ (organizar) a festa de um ano do chapéu, sabe quem era o convidado de honra? O vendedor de flores.
No dia seguinte da festa era só alegria. Os passarinhos __________ (fazer) a maior algazarra e os moradores da cidade __________ (ser) só generosidade e harmonia. Até já __________ (imaginar) a festa do ano seguinte.
E a conversa nunca mais foi a mesma.

Literatura e leitores: os livros e seus temas !


Aqui apresentam-se estudos que abordam a questão da literatura na escola, no ambiente sociocultural e na aprendizagem.

O desenvolvimento da linguagem escrita da criança depende de sua convivência com as práticas de linguagem no seu cotidiano, construindo socialmente o discurso oral, sobretudo de narrativas, fundamentais no processo de letramento.

No cotidiano escolar a integração de registros orais e escritos são ferramentas importantes que facilitam a aprendizagem de nossos alunos, cabe, portanto, ao professor desfazer amarras quanto à forma de lidar com a literatura e com livros escolares, através da literatura podemos desenvolver um trabalho de reflexão sobre a diversidade cultural e o papel social no âmbito escolar.

No processo de letramento as narrativas de criação popular como as fábulas, contos, parábolas, mitos lendas..., seguem uma seqüência lógica, prendendo as crianças ao imaginário, pois vem sendo contados e recontadas em casa e na escola.

Os gêneros propiciam uma leitura prazerosa e ao mesmo tempo crítica e reflexiva, alterando o íntimo de cada indivíduo. A manutenção desses textos na sociedade atual, bem trabalhados em todos os seus aspectos, exercem fascínio tanto na mente das crianças quanto na dos adultos, emancipando a personalidade das crianças, possibilitando-lhes conhecer melhor seus impulsos e emoções à medida que se desenvolvem como pessoas.

O universo literário de forma implícita ou explicita, traz perguntas que transformam em idéia um conjunto de conhecimentos, uma forma de ver e de sentir o mundo. O texto literário aflora discussões que reforçam virtudes preenchendo inquietações individuais de épocas diferenciadas.

É por isso que uma obra literária, por mais antiga que seja, ainda surpreende os leitores, aventurar-se com nossos alunos nessa experiência vale a pena, pois será possível atualizar relações entre o passado e o presente.

Assim é um texto, “nasce de outros discursos” e se conclui como um espaço de interação entre inúmeras formas de experiência humana, onde todos os caminhos do conhecimento podem se entrelaçar é o ponto onde se dá a interseção da experiência do produtor e a do leitor.

Existem ainda outras preocupações, tais como, o uso do livro na escola, segundo Choppin (1992) há três maneiras freqüentes de usar o livro didático em sala de aula: o livro como arquivo de textos e propostas; o livro “de fio a pavio”; e, a escolha consciente e criteriosa, seja do livro, seja de partes e de outros impressos, para compor um projeto de ensino. Lembra ainda que o processo de escolha deve ser mais criteriosa, focando-se em uma meta central e na formação cidadã, avaliando-se discursos hegemônicos, de maneira a fazer seleções éticas de discursos abordando os textos e impressos, buscando-se também recursos contidos nos manuais, os para-didáticos, referenciais e edições escolares de clássicos.

O material didático deve desempenhar determinados papéis, essenciais a aula:

  • propiciar e orientar uma interação entre professor e aluno, em torno de um objetivo;
  • favorecer uma interlocução eficaz entre os envolvidos no processo;
  • promover aproximação entre os sujeitos permitindo representação adequada para o nível e o momento de ensino aprendizagem;
  • colaborar significativamente para os sujeitos envolvidos atinjam os objetivos estabelecidos para a situação em questão.

A escola deve apostar nos recursos audiovisuais, meios eletrônicos, e também nos tradicionais, sem esquecer da diversificação do aprendizado.

A pluralidade cultural presente em nossa moderna literatura infanto-juvenil chega aos nossos alunos através do texto literário de qualidade, que o leve a formulações de perguntas e indagações, a literatura é, portanto, ponto de partida para outras leituras, descobertas de outras situações cada vez mais inesperadas, deverá fazer pensar, questionar, decifrar e interrogar, é um instrumento de libertação. A leitura de bons livros nos dá argumentos para que não nos intimidemos, e criemos opiniões a serem discutidas, contemplando-se assim grupos sociais diversos de etnias e culturas diferentes, desenvolvendo cidadãos críticos e responsáveis.

Atualmente os livros destinados às crianças e jovens apresentam uma imensa diversidade de temas e de gêneros textuais diversificados, assegurar esse contato os tornam aptos à leitura do mundo e da palavra exercitando plenamente a cidadania.

A família brasileira não tem clara a importância da TV no âmbito social, é essencial que se entenda que ela é forte aliada no processo de letramento, é necessário que nós, educadores, revelemos o que está por traz de programas assistidos pelos alunos, e necessário que se faça pensar em relação aos bastidores aguçando a imaginação e a curiosidade, interpretando criticamente o modo cultural e social em que vivem e possam contribuir para melhorias.

Mostrar as crianças que existem programas educativos excelentes, a importância das minisséries, apoiadas em livros de literatura e adaptadas para televisão.

O uso dessas maravilhosas máquinas criadas pela humanidade, que abusam de imagens e palavras não impedem que sejamos leitores, ao contrário enriquece o nosso olhar e imaginação.

Dentre tantas especificidades de como lidar com a literatura, com recursos didáticos, e finalmente a TV, nosso olhar pedagógico com certeza terá muitas faces, com flexibilidade o bastante para atender ao nosso alunado.

Literatura e leitores: os livros e seus temas

(Práticas de leitura e Escrita. Brasília 2006)

Sequência Didática

As sequências didáticas são uma maneira de encadear e articular as diferentes atividades
pensando no diagnótico e ou dificuldade, é uma estratégia diferenciada para tornar as aulas mais dinâmicas. Assim, poderemos analisar as diferentes formas de intervenção segundo as atividades que se realizam, e, principalmente, pelo sentido que adquirem quanto a uma sequência orientada para a realização de determinados objetivos e metas a se alcançar. Através de livros paradidáticos, jogos, músicas entre outras o professor torna atrativo o cotidiano escolar. Para se elaborar uma sequência didática, é necessário:
• Determinar os conhecimentos prévios do aluno em relação aos
novos conteúdos de aprendizagem.
• Adequar esses conteúdos ao nível de desenvolvimento do aluno.
• Provocar um conflito cognitivo e promover a atividade mental
do aluno, necessários para que estabeleça relações entre os novos
conteúdos e os conhecimentos prévios.
• Promover uma atitude favorável que seja motivadora em relação
à aprendizagem dos conteúdos.
• Ajudar o aluno a adquirir habilidade relacionada com o aprender
a aprender, que lhe permita ter autonomia cada vez maior
em sua aprendizagem.