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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Sequência didática para trabalho com o livro: “Cuidado com o menino!”

Sequência didática para trabalho com o livro: “Cuidado com o menino!”

4.1.1- Objetivos:

- Ler para compreender o sentido do texto;
- Conhecer a estrutura e especificidades do gênero narrativo e do instrucional;
- Refletir, analisar, criar hipóteses e concluir sobre o uso das regularidades e irregularidades gramaticais e ortográficas presentes no texto;
- Observar o uso da pontuação e usá-la para manter o sentido original do texto;
- Fazer uso do discurso direto utilizando a pontuação necessária a essa situação;
- Observar, analisar e produzir textos com base em bons modelos de forma coesa e coerente, seguindo as especificidades dos gêneros que estão sendo trabalhado.

4.1.2- Resenha do livro:

É a história de um menino que resolveu pegar um atalho pela floresta e foi capturado por um lobo.
Acho que já ouvi isso em algum lugar? Você não ouviu? Pois é, trata-se de uma versão atual e muito irreverente do antigo e clássico conto “A Chapeuzinho Vermelho”. Mas, ao invés de se desesperar frente à dificuldade, o menino ficou tranqüilo e resolveu sair da situação de uma forma muito inteligente e sem a ajuda de ninguém. Com toda sua criatividade ele acabou com os planos do lobo mal que nessa história aparece com bobo.

4.1.3- Conhecendo um pouco mais sobre o ilustrador e escritor Tonny Blundell:

Tony Blundell nasceu em Londres em 1951. Ele estudou em Harrow School of Art, e no Exeter College of Art, em Londres. Fez muitos trabalhados como ilustrador para uma variedade de revistas, incluindo Woman, Woman's World, Girl About Town, Ms. Londres, e Madre Executive. Seus desenhos pessoais foram publicados no âmbito da aplicação surrealista, desse foi concebido um conjunto de oito cartões postais coloridos para a Galeria de cinco, dois pequenos livretos de desenhos surrealista .
Ele agora também ilustra, escreve livros e gosta de fotografar

4.1.4- Conhecendo um pouco mais sobre a tradutora Ana Maria Machado:
A carioca Ana Maria Machado nasceu em 1942 no morro de Santa Teresa e cresceu nas areias de Ipanema. Antes de se entregar ao mundo das letras, iniciou a faculdade de Geografia e dedicou-se à pintura num curso que fez no Museu de Arte Moderna no Rio.
As férias de infância junto com os primos e a casa repleta de livros foram marcos importantes na sua formação enquanto escritora. Como ela mesma já declarou várias vezes, vive inventando histórias, algumas ganham vida em papel e muitas delas transformaram-se em livros (mais de 100). Como uma das principais figuras da revista Recreio, no começo dos anos 70, teve participação efetiva na mudança do tratamento dado aos textos infantis, numa continuidade à proposta lobatiana.
Ana Maria Machado foi professora, jornalista, dona da livraria Malasartes, já fez programa de rádio e hoje vive da e para a literatura. A produção de textos que o público infantil também pode ler foi a origem da fama dessa escritora. A versatilidade da atual ocupante da cadeira de número 1 da Academia Brasileira de Letras revela-se em seus romances e textos teóricos. No ano de 2000, Ana Maria Machado recebeu, pelo conjunto de sua obra, o prêmio internacional Hans Christian Andersen, considerado Nobel da literatura para crianças e jovens. Os prêmios multiplicam-se e retratam a qualidade literária não restrita à obra dita infantil de Ana Maria Machado.
Tal qual Raul, um de seus personagens mais famosos, Ana não conseguiu manter-se omissa diante das imposições da ditadura militar e foi presa em 1969. Diante da pressão política, exilou-se voluntariamente e trabalhou basicamente como jornalista. O protesto em relação ao poder imposto é uma constante em suas obras. Em seu livro “Contracorrente”: conversas sobre leitura e política (1999), onde assume esse posicionamento contestatório:

“Sou mesmo contra a corrente. Contra toda e qualquer corrente, aliás. Contra os elos de ferro que formam cadeias e servem para impedir o movimento livre. E contra a correnteza que na água tenta nos levar para onde não queremos ir. No fundo, tenho lutado contra correntes a vida toda. E remado contra a corrente, na maioria das vezes. Quando as maiorias começam a virar uma avassaladora uniformidade de pensamento, tenho um especial prazer em imaginar como aquilo poderia ser diferente...”

O primeiro livro infantil publicado foi “Bento que bento é o frade”, que recebeu um prêmio da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ. Nessa obra, o personagem principal, Nita, questiona o que a cerca, principalmente o considerado "natural". Como uma projeção de si mesma, a menina Nita, ou Anita, viaja ao país dos Prequetés e traz de lá não só questionamentos, mas também a esperança de mudanças.

4.1.5- Atividades coletivas:

- Antecipações justificadas, feitas a partir de uma primeira visualização das figuras que compõem o livro.
- Leitura compartilhada: Cuidado com o menino! – evidenciando a entonação e os sentimentos expressados pelos personagens.

Capa:
- O que a capa sugere?

Título:
- O título e interessante? Por quê?
- Por que será que o ponto de exclamação e usado no fim do título?
- Você pensaria num titulo assim para suas produções? Por quê?

Editora:
- Qual é a editora do livro?
- Você já leu outros livros editados por ela? Lembra-se de alguma? Eles costumam ser interessantes?

Autor:
-Como se chama o autor do livro? Você já tinha ouvido falar dele?

Durante a leitura:
-Realizar a leitura do livro na íntegra, para que os alunos verifiquem as hipóteses levantadas.

Após a leitura:
- Discutir com os alunos as idéias levantadas, comparando-as com as idéias explícitas ou implícitas do autor (explícita e ou implícita).
- O que o lobo queria com o menino?
- O que o menino fez com o lobo?
- Qual a relação que podemos fazer da última cena com a história lida?
- O que o autor quis dizer “Nunca se esqueça do sal!”?
- Qual a estratégia que o menino utilizou para que o lobo não o comesse?

4.1.6- Especificidades do gênero:

Narrativa:
a) Quem conta a história é um narrador? Ele participa ou não dela?
Narrador (3ª. Pessoa) – especificidade do gênero.

b) Os fatos acontecem em quais locais?
Lugar onde se passa a história – especificidade do gênero.

c) Com quem a história se passa?
Personagens – especificidade do gênero.

d) Através da leitura podemos inferir algumas características aos personagens principais. Quais poderiam ser as características do menino? E do lobo?
Caracterização – uso de adjetivos (a gramática aplicada ao texto)

e) Qual é o problema enfrentado pelo lobo?
Conflito – especificidade do gênero.

f) Esse problema é solucionado? Como tudo termina?
Clímax e desfecho – especificidade do gênero.

g) Para você, quem é o protagonista e quem é o antagonista da história? Por quê?
Opinar baseando-se em argumentos – criação da criticidade individual (exposição das respostas à classe para ver se todos tiveram o mesmo ponto de vista ou se houve divergências para serem debatidas.)

h) Podemos dizer que o texto teve começo, meio e fim? Por quê?
Estrutura pertinente ao gênero narrativo – especificidade do gênero.

g) Que mensagem o autor nos quer passar?
Opinar – expor seus valores e sua capacidade interpretativa.


Instrucional (receita):

a) Em quantas partes podemos dividir a receita?

b) Qual é a função de cada uma dessas partes?

c) Elas são importantes? Por quê?


Ingredientes e modo de preparo – especificidade do gênero.

4.1.7- Os verbos e sua relação com o gênero:

1) Complete o modo de preparo da receita “Sopa de menino”, com os verbos entre parêntese:

“Primeiro, __________ (pegar) o menino.
___________-o (lavar) bem, principalmente atrás das orelhas.
___________-o (colocar) firmemente dentro do caldeirão de ferro.
___________ (acrescentar) água, batatas, cebolas, rabanetes, cenouras e mais as balas de fruta para temperar.
__________-se (sentar) no barril de tijolos e mexa bem, até quinta-feira, usando a colher de pedreiro.”

2) Analisando os verbos e sua função no gênero:

a) O que sugerem os verbos que você usou no modo de preparo?
( ) dão uma ordem, fazem um pedido.
( ) mostram possibilidades, incertezas.
b) Você acredita que eles estejam em que tempo verbal? Por quê?


4.1.8- Produção de texto instrucional:

1) Escrever uma receita maluca, em grupo, nos moldes das trazidas pelo livro.

2) Correção com legenda e atendimento individual para sanar dúvidas.

3) Ilustração das receitas malucas.


4) Socializar as produções dos grupos em cartazes no mural da escola.

4.1.9- A coerência textual:

4.1.9.1- A coerência de idéias:

1) As receitas do menino são coerentes? É possível fazê-las?
2) Por que lobo não percebeu essa incoerência?
3) Explique a incoerência da receita “Pastelão de menino”.

4.1.9.2- O uso dos pronomes:

1) Observe com atenção as palavras em destaque:

“Primeiro, pegue o menino.
Lave-o bem, principalmente atrás das orelhas.
Coloque-o firmemente dentro do caldeirão de ferro.
Acrescente água, batatas, cebolas, rabanetes, cenouras e mais as balas de fruta para temperar.
Sente-se no barril de tijolos e mexa bem, até quinta-feira, usando a colher de pedreiro.”
- A quem se refere o pronome -o e o pronome -se usados nos trechos? Por que eles foram usados? Se no lugar deles eu repetisse a palavra que os referentes substituem, o texto ficaria bom? Por quê?

- Por que o pronome sua foi usado na frase: “E levou o menino para sua caverna.”? Se ele fosse retirado a frase teria o mesmo sentido? Por quê?

4.1.10 – Ortografia: refletindo sobre o uso (M e N):

Complete os trechos a seguir com M ou N:

“Nos co___tos de fadas comu___s, qua___do u___ menino vai a___da___do pela floresta e e___co___tra u___ lobo mau, pode ter certeza que vai estar e___ apuros.”

“Era uma vez – não faz ta___to te___po assi___ e nu____ lugar não muito lo___ge – u___ menino que e___trou por u___ atalho que atravessava uma floresta...”

“Lá havia um fami__to lobo, que ao vê-lo ficou sorri___do e la___beu os beiços.”

“O lobo estava co___ fome, era ta___bé___ guloso; mal co___seguia se co___ter e, ai___da, vivia baba___do.”

Observando as palavras que você completou crie regras para saber quando se usa M ou N.
4.1.11- Produção de texto narrativo:

1) Imagine que você é o autor do livro e a editora pediu, para publicar o livro, que você crie outra possibilidade de desfecho para a história. Vamos exercitar a criatividade e criar um fim tão interessante e inesperado quanto o original.

2) Vamos colocar a bruxa da Branca de Neve em apuros. Crie um texto onde uma moça branca como a neve dê uma lição na bruxa malvada. Ah! Não esqueça que o texto segue a mesma estrutura do original, pois será um conto moderno.

3) Avaliando a produção da narrativa:

Qual é o título? Ele é criativo e desperta curiosidade?
Onde a história se passa?
Quem são os personagens?
Qual é o conflito (problema)?
O conflito é solucionado? Como?
Como tudo acaba?
Você usou parágrafos?
Houve diálogos? Você usou a pontuação necessária (dois pontos e travessão)?
Usou pontos para garantir o entendimento e a significação adequada a sua idéia?
Grafou corretamente e com atenção as palavras que causaram dúvida? Usou o dicionário para auxiliá-lo?

4) Reescrita coletiva de texto com problemas de coerência e coesão.

5) Correção individual dos demais textos para exposição em mural e leitura em sala.

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